terça-feira, 14 de junho de 2016

O Fundo do Poço


Afundando Cada Vez Mais

Não existe nada mais medíocre, do que a minha vida.
Não existe nada mais falso do que a minha vida
Se eu pudesse, me atiraria desse prédio
Me atiraria dessa vida
Que vida?
Nem vida tenho
Não tenho amigos
Nem família eu tenho
A solidão me consome
A vontade de não ter vontade
Minha alma me consome
Minha angustia me invade
Me diz como vocês conseguem?
Me diz qual é o segredo de viver
A vida anda tão falsa
Tão pequena
Sem forças para lutar
Vou vivendo, vou vegetando
E de palavra em palavra
Vou vomitando todo o meu ser
Ser desprezível
Ser inútil
Ser um nada
Nesse mundo de faz de contas
Não consigo contar a minha história
Não consigo contar o meu mundo
Esse meu mundo que me assola, me consome
Fundo do poço?
Quem pode me tirar
Quem me ouvirá
Ninguém pode me ajudar
Cada vez mais fundo, mais e mais fundo
E é lá que eu vou ficar


4 comentários:

  1. Querido irmão, quando chegamos no fundo do poço é momento oportuno para reagir e encontrar uma saída. É o ponto da virada. Pode ser uma Emergência Espiritual que Stanislav Grof descreve em seu livro "A Tempestuosa Busca do Ser". Encontramos aí grandes oportunidades de renovação. Precisamos continuar buscando. No livro de Jung et alii "O Homem e seus Símbolos" encontramos a estória da Árvore Inútil. Muito interessante e instrutiva. Abraços!

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