25 de Outubro de 2013
Quando
foi que eu me perdi de mim mesma e onde foi que eu me perdi? Que lacuna é essa
na minha vida? Que insatisfação é essa que me consome? Porque sinto lá no fundo
do meu ser que algo está faltando, que algo está muito errado e precisa de
conserto. Será mesmo que isso é plausível? Será que falta alguma coisa? Será
realmente que algo está errado?
Eu
olho mas não consigo enxergar. Sinto que algo não está no lugar. Sinto que algo está faltando. Sinto que se eu descobrir o que está de errado
comigo, se eu descobrir a causa de toda essa minha insatisfação, de todo esse
meu medo, vou conseguir avançar e resolver o que está pendente. É como se fosse
uma rede de fios conectados, um emaranhado de fios espalhados dentro da minha
cabeça. Cada fio leva a uma gaveta e cada gaveta contém memórias e lembranças.
Sinto que existem tantas gavetas, caixas esquecidas bem no fundo do porão. É
muita caixa em cima da outra, fazendo um volume incalculável de memórias e
lembranças esquecidas.
Que
medo é esse que me apavora. Que pavor é esse que me consome. O que aconteceu de
tão grave em algum momento da minha vida que deixei tão esquecida nessa caixa,
para que nunca fosse aberta? Que bicho papão é esse que me apavora e me faz
guardá-lo nessa caixa esquecida? Meu inconsciente tem todas as respostas para
todas essas questões, mas meu consciente insiste em não me deixar procurar e
vasculhar. Meu consciente está me boicotando o tempo todo, fazendo-me esquecer
o que preciso lembrar, mas não quero lembrar.
Me boicoto todas as vezes que
percebo que algo vai dar certo. Que medo é esse de dar certo? Medo da
responsabilidade que implica quando decidimos por fazer algo? Quanto mais damos
certo em alguma coisa, mais responsabilidades adquirimos. E porque esse pavor
de responsabilidade? Porque esse pavor da possibilidade de sucesso? Medo do
sucesso? Medo de dar errado?
Peço a você meu leitor e insisto...
Não enlouqueçam!!!
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